quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A feira - Uma abordagem interna. Parte II

Outra coisa que me deixou estupefacto é o fato de que o maior "evento" da feira foi um show de banda EMO. Foi o maior público da Feirinha, gente para caramba. Franjinhas, alargadores, calças socadinhas, converse coloridinhos e carinhas joviais (ui). Enfim, se eu fosse organizador da feira proibiria qualquer evento que não fosse literário, se é pra ter showzinho faça a feira da música. Honestamente fico puto com essas frescuras, parece feira MESMO. Sabe, aquelas feiras que existem no interior - Fepimenta, Fenadoce, Femilhoverde, Fenamerda- Tá o que diabos tem uma coisa a ver com a outra? Ok, estou há tempos sem postar e ainda estou de mau-humor (foda-se).
Sem contar que o HomeNageado foi o Mario Benedetti, para os que não sabem, o poeta-escritor-uruguaio virou presunto este ano,  então levantei outro questionamento... se é para homenagear os mortos, por que diabos um escritor URUGUAIO?  Existem vários gauchos mortos: Érico Veríssimo, Caio F., Moacir Sclyar (hahahaha)!
Odeio essas coisas de pagapau, nada contra o Mario (tudo que li dele gostei). Porra, mas aí é foda o cara nunca veio a Pelotas, morreu sem nem saber o que era Pelotas. Aí me vem um imbecil da Organização e resolveu homenagea-lo, aposto que nunca leu nada dele e o fez só porque deve ter lido em um canto obscuro da porcaria da   ZH então,  resolveu fazer essa boação. Enfim... Se quiserem homenagear o Mario, leiam seus livros.

2 comentários:

Fernanda Rodrigues Barros disse...

Acontece que se as feiras de livros não tivessem essas programaçõeszinhas ridículas, seguidas de alguma área burguesa de alimentação, os não-leitores não apareceriam por lá para atravancar o caminho de quem vai para cavoucar livros bons e baratos. Ah, que maravilha seria se assim fosse. É tão triste perceber que a maioria da gente que se encontra nas feiras de livros é aquele tipo que nada lê, que detesta leitura, mas que está lá presente porque alguém disse que ir lá é 'cult'. Por um lado, a existência desta maioria é até bom, já que eles não compram os livros bons e baratos e assim podemos comprá-los, mas não me importaria de perder algum alienista para alguém que se mostrasse interessado em comprá-lo ainda que nunca tivesse lido e que nem soubesse quem foi e o que escreveu Machado de Assis.

Ah... as homenagens: numa feira do livro, um homenageado deveria ser uma obra e não um autor..rsrs até porque a notoriedade de escritores é toda devida ao que escreveram e não ao que foram ou são como persona. Tá.. isso pode ser bobagem, mas, ao menos é uma bobagem plausível.

Anônimo disse...

Concordo plenamente com o que você escreveres. Esses dias eu achava esquisito o papo de homenagear o Mario - que parecia desconhecido para nós. Como o próprio blogueiro, ele nunca veio aqui nem sequer fazer uma passgem rápida aqui.

Há um ponto negativo em relação à recente edição da Feira do livro em Pelotas: a ausência do acréscimo de materiais, e os livros que estiveram na vitrine, porém, eram o que estão nas livrarias.

É uma situação lamentável para a nossa Pelotas.

Espero que na próxima edição da Feira do livro traga grandes novidades! Nada de homenagem para os mortos!

Abraço,
Diogo Madeira.