sábado, 10 de outubro de 2009

Human Error

J.B Greuze - Espelho quebrado (um dos meus favoritos dele)
A máxima das máximas do lugar comum:
"Errar é humano."

Pois bem, o cara que proferiu essa frase pela primeira vez era muito esperto. Acredito eu que ele a usou para desculpar-se de algum erro que fez afinal...todos erramos, certo?
Continuando, se todos erramos partimos para a questão:
Por que erramos?
Não acho que exista tal resposta, até porque talvez eu seja humano também ou também erre. Mas só o desfecho conta? Então, colocamos fora um livro fora porque o final não nos agradou?
Tantas metáforas para explicar o que não tem explicação.
Ultimamente tenho visto coisas que não quero ver:
Pessoas, lugares, situações, sentimentos e blabla. De certa forma a maioria dos problemas vem de um lugar externo pois dialogam intrinsecamente com o interno. Um erro parece o motor para vários, e uma desculpa uma permissão para tantos outros.
Todavia, seria julgar um livro pela capa ou um sabor pela aparência. É nessas horas que penso que deveria ponderar mais, ou simplesmente não dar a mínima.
No fundo é mais satisfeito aquela pessoa que é enganada e sabe que está sendo enganada do que aquele que engana os outros e a sí mesmo.
Veja bem, não é demérito nenhum ser enganado. Pelo contrário, uma das poucas coisas que mantém alguém humano não é errar, mas sim confiar.
E em erros e acertos o que resta?
Absolutamente nada!
No auge dos meus vinte e nove anos, a única coisa que vi entre os tais humanos:
-Mentiras, hipocrisias, enganações etecetera.
Não posso me excluir dessa situação, não posso negar que já bebi desse vinho. O que vale para os outros vale para mim também.
Os dias e horas passam como navalhas sob minha carne e o tempo so dilacera o que há por dentro, acho que quanto mais tempo passa mais os ossos, carne e músculos sofrem uma mutação provocada pelo olho da medusa social nos enrijecendo mais e mais.
Em alguns momentos a dura casca parece quebrar, mas quando a "chuva" está para chegar sempre existe algo que a bloqueia então o externo embebe-se na claridade escura e o interno "diluveia-se" por completo.
Sobra aquela parte... a parte mais escura. E quando fala-se dela, entoam canções citam nomes que ela não pertence. Atribuem nomenclaturas e a forram de maniqueísmo. Quando na verdade é só o "lado escuro da lua".
Vejo minha vida em um espelho e ele está quebrado.

Um comentário:

Valim disse...

Profundamente verdadeiro.