quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Do pó ao pó.

Finalizando a leitura de Pergunte ao Pó, cheguei a conclusão de que o prefácio está realmente correto.
"Cada linha tem sua própria energia(...)" - Buk.
É um daqueles livros que quando tu termina a leitura, imediatamente uma nova começa e assim ad infinitum. Bandini e Camilla ainda não saem da minha cabeça. As ruas de L.A ainda permanecem vivas na minha memória, não nunca estive em L.A fisicamente, vivo muito lá ultimamente.
Eis que saio da L.A poética de Fante totalmente emocional, uma cidade viva mas ao mesmo tempo morta. E entro diretamente na nova L.A de Palahniuk, uma cidade mais de mentira um lugar cruel e sombrio. É estranho tudo isso pois a L.A de Bukowski é uma cidade mais "agitada" (óbvio, fator tempo) e já de Palahniuk uma cidade de vidro, cheia de turistas.
Ah... Sinto que conheço aquelas ruas... De Long Beach a Bunker Hill ou nos intermináveis bares do distrito!
Quantas cervejas tomamos, o uísque barato e a lascívia pelas ruas.
Mas nada disso importa e sim a cidade que respira por si própria. E como o próprio Buk diz:
"Los Asnos" é uma cidade assaz divertida, quando retratada em prosa. E na prosa desses três... comecei a ver a City com outros olhos.
Nunca imaginara que Los Angeles poderia se tornar uma cidade interessante no meu "péssimo" gosto para cidades.
Enfim...

De Pulp ao pó, do pó ao diário.



                                          L.A fragment - Crumb.

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