terça-feira, 11 de agosto de 2009

Lapso Temporal ou o comum extraordinário

O tempo fugia de mim, era certo! Bastava eu querer que o relógio corresse ou desacelerasse, obviamente fazia o contrário. Casualmente pensava nisto esta tarde ao observar meu relógio que coincidentemente havia parado. Irônico é tentar manipular o tempo. O meu (?) tempo. Talvez eu venho tentando ignorar as diversas linhas cruzadas que pairam sobre minha frágil existência. Fato é que venho me apegando a clichés e coexistindo com meus outros "EUS". O bom e velho lugar comum da multipersonalidade "fragmenfacetada" ou qualquer outra nomenclatura absurda para fato tão corriqueiro. Em um mundo tão igual, o comum soa extraordinário. Onde anda o comum? Se tornou obsoleto, pois a premissa do "ser" comum é o que o torna deveras raro. Ultimamente venho me afogando nestas "definições" "indefinidas" indiferentemente. O retrato? Pessoas "comuns" pendendo para o diferente cliché. E nesse "mundo" vi apenas as mesmas pessoas com rostos diferentes e comportamento tão igual, A ânsia por serem diferentes e destacarem-se das outras os torna iguais ou piores que um deja vú em uma quente manhã de domingo. Da mesma forma que eu me sento no mesmo banco todos os dias para escrever com meu mokaccino e um cigarro na mão.
Sinto muita tristeza quando vejo coisas deste naipe. Esta "auto"-afirmação de personalidade personificada em algo tão pequeno. Ser maior que tudo e todos. A pose do intelectual falido e chato. "Sou incompreendido". Será?
Será que um ser é tão diferente do outro?
Será mesmo que uma pessoa "comum" é menos comum que outra?
Ou seria isso apenas uma forma de se afirmar como o ser "superior"?
Acredite, a única coisa que muda na vida e nas pessoas são oportunidades. Umas tem outras não. Não julgue alguém por não ter feito isso, ou aquilo. Julgue-a pelo que ela fez ou faz com aquilo. Afinal...
Qual a difença de um cara que leu milhões de livros caros para o que não leu nenhum na vida?
Talvez a falta de oportunidade, ou vergonha. Pois muitas pessoas que lêem muito são uns chatos, arrogantes e pedantes. É como a arte vem se tornando nestes dias. Isolando-se. E mal sabem eles, artistas e intelectuais, que a merda que eles estão fazendo chama-se:


- Monopólio "Intelectual".


E não é porque o cara Leu ULISSES ou Baudelaire que ele é o garotinho(a) mais esperto da paróquia, e acreditem existem muitos desses por aí. Por favor...


Parem de se fazer de cultzinhos e façam algo pela cultura.

Democratizem.



Att.

Rafael.

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